19 março 2021

- Homenagem # 5 - Pais

Mantém a forma!
Aperta o sinto, aperta as calças!
Põe a "fronha", a "fronha"!?
Passa o álcool, bebe uma "jola ou um moscatel em honra de quem merece".
Põe o creme, tira o creme; "put the cream, take off the cream!?
Fala baixinho! Que "isto debaixo das luzes" ninguém te ouve...Deixa o "bicho rabujo" para aí falar...
Mas a final ele é baixo, gordo, alto ou altruísta? Passa por entre os dentes dos mais desprotegidos ou apenas dos que tem sangue azul?
Dá-lhe corda, dá-lhe corda...quanto mais atenção lhe dás, mais ele se arma em pistoleiro, faz o pessoal ficar com os "bofes de fora", e a tensão dos políticos e professores.
Sim, todos tem sido valentes, nas trincheiras, nos vários cenários, valas, bastidores e nas ruas....ainda sem acesso a TV, e só ouvindo a telefonia e o que vai ocorrendo de eminencia neste Portugal e mundo inteiro...dou por mim a relembrar os tempos de "Anne Frank" e como ela e a família teriam sobrevivido com tão pouco. Assim como também : " Então mas voltamos aos tempos da PIDE?" (mesmo que pouco saiba sobre esses tempos, do que me contaram em mais nova).
Normalmente, costumo dizer " já vai longo este baile de máscaras"...e para que isto não se torne tão enfadonho e chato, continuo com outras hipóteses : 
" Tira a alforreca, tira a alforreca! ";
Ou a fronha... Pois realmente : afinal de contas não vemos a fronha de cada um de nós, o nossos olhos são o espelho da nossa alma. Mas nada "rende" o nosso sorriso.
Durante seja que tempo desta quarentena, houve abraços e sorrisos que nem sei quanto valeram...vieram de graça!
Foram os melhores momentos de 2020... 

Este texto é dedicado ao meu sogro, Domingos Ramalho [área da construção], que já nos deixou e também ao meu pai Eduardo Porfírio [que continua como arquitecto];
os dois com grande um sentido de humor.

05 junho 2020

- Homenagem # 4 - Maria Stuart Contente Xavier Porfírio -

À minha primeira grande professora na Vida à maior Guerreira que já conheci até hoje. Criada pelos avós e habituada a brincar entre garrafões enormes de azeite [ da mercearia que os meu bisavós montaram como negócio por baixo da própria casa]; a brincar na Quinta das Canas, de onde vinham laranjas, limões, vinho?, azeite?...já nem me lembro de tudo.
A sua primeira praia : " copa cabana " [ Barreiro City ].

Brincava com todas as meninas do seu quarteirão, tivessem muito ou pouco tostão...entre patos, frangos e galinhas...e outros bichos que por ali passavam.
Tudo parecia "mais simples" nessa época...mas sei que também não "só peras doces ".
Mas foi assim que cedo me ensinou: " Que é melhor dar do que receber!"

E ainda hoje continua a ser a minha melhor amiga e a ter a melhor perceção Espiritual de muito do que nos rodeia.
Pois bem sabemos, ou não?
Que estamos em Guerra, literalmente, 24 horas, 7 dias por semana.
Numa guerra que muitos não entendem. Uns chamam-lhes fantasmas, outros medo. Para outros continua a ser a eterna luta entre o "Profano e o Sagrado"... ou talvez entre as forças do mal e do bem [ " May the force be with you!! " - Star war's ].

E vocês? Que palavra escolheriam para apelidar estes tempos que vivemos?
Tanto podemos entrar, como não...mas isso sempre foi assim a vida inteira :
" O não sempre foi resposta garantida! " [ nunca das que mais gostamos de ouvir]. E depois, a cada dia, viramos a história das nossas vidas; e a cada manhã tomamos opções do que fazer com o nosso tempo. Sim, sim... dizem que tempo é dinheiro...mas essa também já me cheira a velho!!!

Todos conhecemos lá bem no fundo das nossas almas : o livre arbítrio, não é?
A sabedoria para mim sempre veio do Alto e também sei que é de lá que veem os guiões para dirigir cada "filme das nossas casas".
Nunca me fez tanto sentido : " O Amanhã a Deus pertence! "; " Basta a cada dia o seu mal! ".
E bem cedo aprendi com a minha mãe : " Clara! Agora são horas de dormir, fecha a cortina deste dia! Amanhã será um novo dia! ".


Uma coisa é certa :
A sabedoria pertence sempre aos mais velhos em idade... os anos passam.
Mas os pais, as mães, os avôs e avós, tios, tias... são sempre quem pela primeira vez nos ensinou algo completamente diferente e novo!





" Pois eu sei os planos que tenho para vocês. São planos de prosperidade e não de desgraça, planos que se concretizarão num Futuro de Esperança " 
[ Bíblia - Jeremias 29:11 ]

19 maio 2020

- Homenagem # 3 - Joaquim Gião -


"Nos teus cabelos aprendia navegar "nas ondas do Amor e da tolerância. Levaste-me a compreender que cada pessoa têm o seu ritmo, a sua maneira de ser, o seu carácter. Que muitas vezes as pessoas mudam ao longo dos anos. mas o que nunca muda são as "Boas Memórias" de amiga/os , filha/os ou "ovelhas" que já partiram para terras longínquas ou foram morar LÁ em CIMA!!! Que também cada linha das nossas caras têm uma história, um sorriso, uma dor ou apenas são simplesmente o desenho da nossa identidade, da nossa essência.
Sempre foste um artista nato e sempre o serás.
Encenador, professor, pastor, pintor e sempre pronto a remodelar o nosso espaço de oração!
Sempre sonhaste mais alto e acho que nunca foste totalmente compreendido! Tentaste sempre manter "os protocolos cristãos" deste País. Mas não sei se chegaste ainda Lá!!!
Aquele ponto de seres verdadeiramente Tu!
Sempre te vi torcer pela Seleção Nacional, mas teu coração é Teu "branco e negro"...apesar de todas as pedras que encontraste no caminho, nunca desiste de uma terra que não foi a que te viu nascer. E isso é a característica que mais aprecio em ti : Persistência!!!
Acima de tudo tens sido um Pai...às vezes já nem sei em quantos pais vou...ou quantas ando às vezes literalmente.
Parece que nesta altura do campeonato todos deixámos de saber contar os tostões ou será os corações?!
Pode ser uma frase muito batida, mas agora realmente aprendemos a viver um dia de cada vez; e em cada um desses dias somos surpreendidos por "Anjos na Terra" que nos dão: a mão para passear até à praia, água, almoços, peras, lanches, boleias, sorrisos e gargalhadas, roupas, conselhos [ tudo de Graça ] pela cidade em que sempre cresci, casei e morei. Uns conheço , outros não. Mas tal como dizia a minha primeira vizinha depois eu casar...ali na Rua Aguiar : " Menina, as conversas são como as cerejas!! " [ Henriqueta ]...
E para abreviar, que tenho que ir fazer o jantar, muito BEM HAJAS por seres quem és : Quim Gião !"

25 abril 2020

- Homenagem # 2 - Maria Zélia Xavier -



 " Minha querida vó,
Hoje comecei o dia a ler um texto teu... Fala de Amor.
Sinto falta das tuas palavras sábias e do teu colo onde encostava a minha cabeça enquanto deitava cá para fora o que mais ninguém dizia compreender...pelo menos como tu!!!
Sei que desde cedo foste uma lutadora mor... apesar dos dissabores da vida arregaças-te as mangas :
  • Criaste com a ajuda de muito/as, o que viria a ser a 1ª " Casa dos Rapazes " do Barreiro ;
  • Deste volta aos tabuleiros e tachos, cozinhaste deliciosos doces sem fim... huuum e o teu salame de chocolate vai ficar para sempre na história dos nossos paladares e de muitos Barreirenses... já para não falar da Torta de Laranja....uiiii;
  • Construíste uma pequena casa [ garagem ] por Vila Nogueira de Azeitão e fizeste-nos companhia na Primavera [ plantaste árvores de fruto e arranjaste o NOSSO quintal;
  • Cada manhã penteavas-te com muita paciência: retiravas os rolos e a rede. Surgia um grande carrapito...

    E os primos chamavam-lhe um figo. E desde tubos de pvc com cones de papel para soprar e fazer pontaria... a espigas do campo e almofadas gigantes em cima das portas....
    Enfim muitas partidas te pregavam os moços da Família!
Sempre presente em tudo o que faço e penso!
...minha quiiiiida vó Zélia.
Tua sempre, Clara."

23 abril 2020

- Homenagem # 1 - Tânia Pinheiro -





Querida amiga,

Como sinto falta das tuas curvas, altos, baixos... no teu mar sentia Deus e agradecia-LHE como é bom a ÁGUA existir !!
Vim a descobrir anos mais tarde que Arrábida quer dizer : " lugar de Oração ". Chama-lhes "tolos" aos frades que construiram o Convento ?!? ...sim para estar perto de Ti meu criador...nada melhor do que as folhas, as árvores e o mar...
Inverno, Verão ou Primavera ou Outono...sempre foste LINDA de morrer "minha Serra mãe" e de todos ao mesmo tempo.
Ui!!! Grande " fangia " ;) [ B.D. ] ... ou um perigo na estrada.
Nunca me esqueço da minha 1ª lição de condução num sótão de uma grande Amiga [ Ribamar ] .
De pés ao ALTO deitadas nas camas belíssimas de ferro feitas à " intiga " disseste-me que era fácil : 1º 0 pé esquerdo na embraiagem..depois a 1ª, 2ª...um pouco de acelerador...e voilá sem ter ido à Escola de Condução, estava a conduzir dentro do coração !!! Todas as lágrimas que deixamos escorrer juntas, fosse de alegria ou de dor, tiveram uma razão, não fosses tu " pão, pão, queijo, queijo!! " [ mulher das Ciências e eu das Artes; apaixonada pela natureza e fotografia desde bem pequena ].
O G.B.U. nos juntou, fomos apresentadas pelos manos... Tantos cruzamentos, histórias e cartas pelo correio... ;)

Muito obrigada Deus Pai por todos os recantos deste País e do Mundo inteiro..
E por todos os manos e amigas que fiz!!
Tua sempre,  Clara.

29 maio 2019

senhora da casa - escrito # 2

Corre, esquece, anota, planeia, dá a volta, anda, varre, enxagua... e volta a aspirar!

Dona de casa onde andas tu?
Quando vais crescer?

Quiseste amar e familia constituir...
Vê, assiste, ouve, ajuda, entende, espera...
...não quer desistir!!
Dona de casa onde está teu sorriso?
Onde é que o deixaste agora que é preciso...
Toca a limpar, toca a arrumar para mais tarde ver tudo fora do lugar...
Chato, muito chato é acabar de limpar e ver sujo outra vez...

Lava, esfrega, limpa, pendura, arruma, escolhe, compra, cozinha, esquece de cuidar...
Minha moçoila onde andas tu? Quando vais parar de tentar ser quem os outros dizem que deves ser?
Quando vais perceber o que te faz viver? Amar?
Engole, esquece de cuidar, experimenta nova receita, cozinha, compra, escolhe, arruma, limpa, esfrega, lava...
Dona de casa quando vais olhar para ti e desabrochar, dar fruto?
És mulher primeiro do que tudo...primeiro do que seres moça do lar, esposa e mãe.
Mas será que nunca o foste?
Ou em algum momento algo te embrulhou de tal modo que deixaste de a encontrar...
Cadê a ponta do novelo? Cadê a tua essência? O teu, o teu, o teu respirar e teu sentir?
Lava, esfrega, limpa, pendura, arruma, escolhe, compra, cozinha, experimenta uma nova receita, dobra, esquece de cuidar, engole, quase a rebentar!
Encontravas-a num lanche e conversa com uma amiga ou num passeio com o teu homem?! Encontravas-a quando recebias amigos em casa num almoço ou jantar?
Encontraste-a quando fazias algo para ajudar uma vizinha?
Quando enviavas uma carta ou encomenda a alguém?
Quando desenhavas ou criavas algo para o quarto do teu filho?!

Chora, rebenta, esquece de cuidar, dobra, experimenta nova receita, cozinha, compra, escolhe, arruma, pendura, limpa, esfrega, lava e tenta sonhar!?
Ouve, pergunta, cala, espera, ralha e só quer relaxar...

Como voltar a encontrar o teu tempo, simplesmente o teu recanto? O teu criar e inventar?
Tenta parar para pensar...mas o novelo volta a crecer...mas em movimento e a fazer tudo, tudo se desenlia!
Então:
Aspira...enxagua, varre, anda, dá a volta, planeia, anota, esquece e volta a correr!

20 maio 2019

alto mar - escrito # 1

in pt.pngtree.com
Sinto-me a navegar num mar profundo onde não encontro a superficie...

Quero remar e chegar a bom porto, mas as ondas tentam afundar o barco; será que alguma vez chegarei ao mar da paz e à ilha do amor?...

Parece que ando em círculos e já naufraguei não sei quantas vezes...
Quero que o sol queime os erros do passado e me faça brotar de novo!!!
Quero andar sobre as àguas e só de Ti esperar o que os outros não me podem dar!
Sê o meu Socorro no meio de toda esta ondulação de emoções e pensamentos!!!
Os meus mantimentos esgotam-se : tenho sede de aconchego e perdão.
Deus meu não me abandones!!! Este mar parece não ter fim!?!
Vem refresca o meu coração e dirige os meus dias de modo que eu possa vir a avistar de novo o farol que nos ilumina no meio do nevoeiro...
Sê o meu Mapa, sê o meu tudo!!! Não encontro forças para remar!!
Já há meses ou anos que não vejo o porto que é o meu refúgio e a terra de descanso e alegria.
As dores parecem tantas que a minha alma ficou esquecida nas profundezas do oceano...
Como voltar à superficie? Como mudar o rumo? Como afastar todas as gaivotas e albatrozes que tentam roubar o pouco peixe que tenho para me alimentar à deriva?
Só Tu entendes o meu grito quando ao longe vejo uma miragem de um navio ou de algo que passa nos ares... Às vezes escondo-me debaixo da única lona que me resta no barco, escondo-me para nem os peixes nem os passáros me verem chorar...
Quero conhecer-Te de tal maneira, que não precisasse mais de procurar no que me rodeia algo para preencher este longo vazio...
Vem Ter comigo neste mar imenso que parece não ter fim...
Vem mostrar-me como e por onde devo seguir..?
Onde foi que me perdi e deixei tudo para trás?
Amor supremo enche a minha vida e as minha palavras!!
Enche o meu reservatório de àgua de modo que eu não venha mais a ter sede...e se tiver saiba onde encontrar!
Vem inundar... e encharcar todo o meu ser com o Teu Amor! E limpa tudo...leva bem para o mais profundo dos mares tudo que é errado em mim! Faz brotar e renova os Teus bons frutos!
Preciso Muito de Ti!!!

inspirado em parte em The Life of Pi

27 outubro 2016

Se a Bíblia falasse

O que transcrevo a seguir ouvi numa rádio cristã e parece ser de 3 de julho de 1947, do “Watchman-Examiner”. O autor imaginou o relacionamento da Bíblia com uma família dita cristã. Eis o diário:

15 de janeiro – Descansei a semana toda. O meu dono leu-me regularmente nas primeiras noites no início deste ano, mas penso que se esqueceu de mim agora.
2 de fevereiro – Limpeza cá em casa. Tiraram o pó de cima de mim, como de outros objetos, e colocaram-me no lugar do costume.
8 de fevereiro – O meu dono usou-me por uns momentos depois do jantar. Estava à procura de alguns textos. Fui à igreja hoje!
2 de abril – Hoje estive bem ocupada. O meu dono tinha de dirigir uma reunião de oração e consultou-me para encontrar algumas passagens. Teve bastante dificuldade de encontrar uma, apesar de ela estar no mesmo lugar.
1º de maio – Estive toda a tarde no colo da avó. Ela está cá de visita. Deixou cair algumas lágrimas sobre Colossenses 2:5-7.
6 de maio – Outra vez no colo da avó esta tarde. Ela gastou a maior parte do tempo a meditar em I Coríntios 13 e nos últimos versículos do capítulo 15.
7, 8 e 9 de maio – No colo da avó todas as tardes. Que sitio confortável! Às vezes ela fala comigo e outras me lê.
10 de maio – A avó voltou para casa hoje. Ela beijou-me e disse-me “adeus”! Estou outra vez no meu lugar de costume.
1º de julho – Fui colocada numa mala entre roupas e outros objetos. Penso que vamos passar alguns dias fora.
10 de julho – Ainda na mala, apesar de quase todas as outras coisas terem sido colocadas noutro lugar do quarto.
15 de julho – Em casa outra vez e no meu lugar do costume. Fiz uma longa viagem. Nem sei por que me levaram consigo… Não saí da mala…
1º de agosto – Que calor! Duas revistas, um romance e um chapéu, tudo em cima de mim. Oh, se eles pelo menos tirassem estas coisas de cima de mim!
10 de setembro – Limpeza. Tiraram-me o pó e fui colocada no meu lugar para um longo descanso…
Se tua Bíblia “falasse”, que diria ela? Quantas vezes a tens usado? Já leste toda a Bíblia pelo menos uma vez? Já leste tua Bíblia hoje?
“Ponde, pois, estas Minhas palavras no vosso coração e na vossa alma” (Deuteronomio 11:18).
adaptado para Português de Portugal


02 abril 2016

Conto

 O pêndulo do relógio

Um relojoeiro estava a consertar o pêndulo de um relógio. E eis que, para sua surpresa, viu que o pendulo tomou a palavra para dizer:
- Por favor, senhor relojoeiro, não me conserte. Seria uma acto de amabilidade da sua parte. Imagine só o numero de vezes que tenho de fazer "tic-tac" dia e noite... Imensas vezes a cada minuto durante os sessenta minutos que tem a hora; durante as vinte e quatro horas por dia; durante os 365 dias que o ano tem. Se me conserta, tenho de voltar a trabalhar. Imagine os milhões de "tic-tac" que terei de fazer. Sempre a mesma música. Não consigo suportar tal monotonia.
O relojoeiro, que escutou atentamente o lamento do pêndulo, respondeu com sabedoria:
- Não penses no ontem e no amanhã. O ontem já não existe e o amanhã ainda não chegou. Faz no momento presente, em cada instante, o teu "tic-tac" como se fosse único. O pêndulo aceitou o conselho do relojoeiro e ainda hoje continua a fazer cada "tic-tac" como se fosse o único. E é assim que se sente importante e útil em casa, realizando a sua missão.

Mesmo que a nossa vida nos pareça monótona, o importante é saborear cada instante como sendo único, sem se cansar de viver.

[ Este pequeno conto foi retirado de uma publicação periódica mensal católica que encontrei numa mesa de uma sala de espera.]