O pêndulo do relógio
Um relojoeiro estava a consertar o pêndulo de um relógio. E eis que, para sua surpresa, viu que o pendulo tomou a palavra para dizer:
- Por favor, senhor relojoeiro, não me conserte. Seria uma acto de amabilidade da sua parte. Imagine só o numero de vezes que tenho de fazer "tic-tac" dia e noite... Imensas vezes a cada minuto durante os sessenta minutos que tem a hora; durante as vinte e quatro horas por dia; durante os 365 dias que o ano tem. Se me conserta, tenho de voltar a trabalhar. Imagine os milhões de "tic-tac" que terei de fazer. Sempre a mesma música. Não consigo suportar tal monotonia.
O relojoeiro, que escutou atentamente o lamento do pêndulo, respondeu com sabedoria:
- Não penses no ontem e no amanhã. O ontem já não existe e o amanhã ainda não chegou. Faz no momento presente, em cada instante, o teu "tic-tac" como se fosse único. O pêndulo aceitou o conselho do relojoeiro e ainda hoje continua a fazer cada "tic-tac" como se fosse o único. E é assim que se sente importante e útil em casa, realizando a sua missão.
Mesmo que a nossa vida nos pareça monótona, o importante é saborear cada instante como sendo único, sem se cansar de viver.
[ Este pequeno conto foi retirado de uma publicação periódica mensal católica que encontrei numa mesa de uma sala de espera.]